segunda-feira, 27 de julho de 2020

Guerra dos Mascates

Guerra dos Mascates
A “Guerra dos Mascates” foi um confronto armado ocorrido na Capitania de Pernambuco, entre os anos de 1709 e 1714, envolvendo os grandes senhores de engenho de Olinda e os comerciantes portugueses do Recife, pejorativamente denominados como “mascates”, devido sua profissão.

Não obstante, apesar do sentimento autonomista e antilusitano dos pernambucanos de Olinda, que chegaram até mesmo a propor que a cidade se tornasse uma República independente, este não foi um movimento separatista.

Contudo, não há consenso em afirmar que seja um movimento nativista, uma vez que os “mascates” envolvidos na disputa eram predominantemente comerciantes portugueses.

Principais Causas e Consequências
A Guerra dos Mascates deve ser vista como um conflito pelo poder político local, sem qualquer reivindicação social. Na realidade, foi uma disputa entre Olinda, que detinha o poder político, e Recife, detentora do poder econômico, pela supremacia na Capitania de Pernambuco.

De fato, era evidente a ascendência do comércio em relação à produção colonial, posto que a atividade comercial enriquecia os portugueses, dando-lhes o controle de todo comércio na região, às custas do empobrecimento de latifundiários de Olinda, os quais contraíram dívidas para manter sua produção.

Contudo, a queda internacional nos preços do açúcar impossibilitava os senhores de engenho de honrar aquelas dívidas. Por sua vez, a Coroa vendia o direito de cobrança destes débitos aos arrematadores de Recife (os “mascates” portugueses), que lucravam com os juros dos devedores de Olinda.

Para agravar a situação, os senhores de engenho não aceitavam aemancipação político-administrativa do Recife, posto que era uma grande fonte de arrecadação de impostos de Olinda.

Por outro lado, este conflito teve como consequência a emancipação política de Recife, que também é elevada à categoria de capital de Pernambuco, demonstrando explicitamente o favorecimento da Coroa aos comerciantes portugueses na colônia. Assim, para apaziguar a situação, os envolvidos foram anistiados e foi determinado que o capitão-mor deveria ficar seis meses em cada comarca.

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